O Ministério da Agricultura diz que quem bebe leite adulterado não passa mal na hora --os malefícios surgem a longo prazo. Cinco empresas que realizavam transporte de leite no Rio Grande do Sul são suspeitas de adicionar a substância antes de realizar a entrega à indústria. Ao todo, foi encontrada presença de formol em lotes específicos das marcas Italac, Líder, Mumu e Latvida. Suspeito separava leite para filhos antes de adulteração Governo notifica empresas de leite envolvidas em fraude Empresa diz que adulteração em leite foi pontual Após operação, fábrica Latvida é interditada Polícia prende suspeitos de alterar leite no RS Para o clínico-geral Paulo Olzon, da Unifesp, a toxicidade está no formaldeído da ureia --o mesmo que conserva cadáveres. A substância pode provocar danos no aparelho gastrointestinal e a exposição frequente tem efeito cancerígeno. O Instituto Nacional de Câncer afirma que não há níveis seguros de exposição ao formol, associado ao câncer de nasofaringe e leucemia. Segundo Alexandre Campos, do ministério, existe o risco à segurança do consumidor. "Ele compra leite, não compra água com ureia", diz. (MARIANA LENHARO E FILIPE COUTINHO)Dovulgação
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