"Microapartamento" tornou-se uma expressão de efeito e uma espécie de
marco cultural em Nova York, graças ao atual prefeito da cidade Michael
R. Bloomberg. Mas quando essas moradias de um quarto estavam sendo
traçadas nas plantas dos primeiros prédios de Manhattan, particularmente
durante os anos de expansão econômica da década de 1920, eram chamadas
de "estúdio".
Os apês eram criados para os jovens homens e mulheres ambiciosos e com pouca grana que estavam chegando à cidade aos bandos e seu título romântico tinha a intenção de evocar o glamour e a boemia do modo preferido de viver dos artistas. Estúdio era uma "palavra mágica", como escreveu uma vez o crítico literário e ex-editor do The New York Times, Anatole Broyard, sobre seu próprio apartamento barato na Prince Street, nos anos 1940.
Claro, tal moradia era invariavelmente uma espelunca – e seu status era
inversamente proporcional às fantasias reluzentes de seus jovens e
esperançosos habitantes. E, estes, dois dos fatores essenciais nas
melhores textos sobre Manhattan, como os ensaios de Ruth McKenney, que
escreveu vividamente sobre o fungo que crescia todas as noites no teto
do banheiro do espaço úmido que ela alugara junto com a irmã, Eileen, na
Gay Street nos anos 1930. Estúdio: ontem e hoje O que aconteceu na última década só não conseguiu apagar aquela
construção pouco atraente (porém necessária), literária e em
desenvolvimento. Os moradores, hoje, transformam seus estúdios de
maneiras que chocariam Broyard e McKenney, cujos horríveis apartamentos
possuíam um ponto positivo: jogava-os na vida agitada da cidade que
existia do lado de fora de seus lares. (O único esforço que McKenney teve quanto à decoração de seu estúdio
foi aparar o fungo à noite, com tesourinhas de unha. Broyard pintou suas
paredes de verde, e pendurou um pano rústico nas janelas: "Mas eu ainda
me sentia solitário", escreveu no livro "Kafka Was the Rage: A
Greenwich Village Memoir", "(...) Agora era uma solidão verde".) Ousado e astucioso ou polido e estiloso, o estúdio dos dias atuais é,
antes de mais nada, um refúgio atraente, mais um cartão de visitas da
inventividade de alguém do que um símbolo de seu estoicismo e rebeldia. É
também uma categoria própria de decoração e design.
Mas ainda é um o ponto de partida, e não só para os muito jovens. Na verdade, cada vez menos para os muito jovens, dado o alto custo dos imóveis.divulgação
Os apês eram criados para os jovens homens e mulheres ambiciosos e com pouca grana que estavam chegando à cidade aos bandos e seu título romântico tinha a intenção de evocar o glamour e a boemia do modo preferido de viver dos artistas. Estúdio era uma "palavra mágica", como escreveu uma vez o crítico literário e ex-editor do The New York Times, Anatole Broyard, sobre seu próprio apartamento barato na Prince Street, nos anos 1940.
Mas ainda é um o ponto de partida, e não só para os muito jovens. Na verdade, cada vez menos para os muito jovens, dado o alto custo dos imóveis.divulgação
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